Bull Painting de Sharon Cummings
“7h30 da manhã… Idanha-a-nova, uma neblina matinal irrompe pelos campos verdes que já estão matizados pelas acácias e aceres que caducos, …
…O Arlindo é um amante da natureza … Vejo-o a entrar num canavial que dá para o rio Ponsul. Sigo-o à distância, até que o encontro, sorri e manda-me baixar, fazer pouco barulho… inicialmente não percebo, mas estava a observar pássaros acompanhado da Lara, a sua cadela de estimação, companheira fiel e atrevida.
Tinha chegado no dia anterior, houvera pouco tempo para dissertarmos sobre pensamentos mais abstractos, tinha-me apenas deleitado com um magnífico bife do chouriço maturado com 30 dias … Hoje era o dia, estava montado o cenário, o clima, o tempo, o som do Ponsul a correr taciturnamente com chilrar dos pintassilgos e tentilhões, eu fiz a pergunta, não esperava a resposta… Por que é que fazes isto?
Eu falava do método de produção do Arlindo. 1,5 cabeças de gado por hectare. Alimento? As gramíneas que crescem livres como os animais que nelas pastam. Conhece todos os bovinos que pastam na quinta, todos têm nome, mas o seu contacto com o Arlindo é mínimo. É espectador imparcial dos fenómenos naturais que ocorrem naquele espaço, vacas e touros de todas as espécies possíveis. O Arlindo dá dignidade aos animais que acolhe, dá-lhes um pasto verdejante, água natural e um prado património da UNESCO, a nossa Carne do Prado. …”
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